Autoestima é a ideia de valor que uma pessoa tem sobre si mesma a partir de seus valores, crenças, emoções, comportamento, resultados etc.
Uma autoestima elevada é como gasolina na fogueira para quem deseja alcançar resultados e se sentir bem consigo mesmo.
A autoestima alta impulsiona a pessoa para o topo, uma vez que desenvolve uma atitude positiva e confiante sobre as suas potencialidades.
Por outro lado, a baixa autoestima pode bloquear o desempenho pleno de uma pessoa uma vez que ela acredita não ser capaz de ter sucesso e ser feliz.
Neste post, vamos entender como a autoestima funciona e dez formas para elevá-la a máxima potência rapidamente!
Significado de autoestima
Pense na autoestima como um sinônimo da palavra confiança. E essa confiança pode ser baixa ou alta. A confiança – ou autoestima – é um valor humano e um recurso psicológico precioso. Ela é o combustível das conquistas, dos bons relacionamentos e da satisfação.
O psicólogo americano Abraham Maslow foi um dos primeiros a analisar a autoestima. Ele a incluiu em sua hierarquia das necessidades humanas. Para Maslow, a autoestima se manifesta de duas formas:
- pela necessidade de respeito dos outros na forma de reconhecimento, sucesso e admiração
- pela necessidade de autorrespeito na forma de amor-próprio, autoconfiança, habilidade ou aptidão.
Maslow acreditava que o respeito dos outros era mais frágil e fácil de ser perdido do que a autoestima interior. Ele também afirma que a expressão mais saudável de autoestima “é aquela que se manifesta no respeito que nós merecemos, mais do que fama, renome e lisonja“.
Como vemos, Maslow transfere muito da autoestima para o que os outros pensam sobre nós.
Autoestima segundo a psicologia
Já teorias mais modernas de autoestima exploram as razões pelas quais os seres humanos são motivados a manter uma alta consideração por si mesmos.
Carl Rogers disse que a origem dos problemas de muitas pessoas é que elas se desprezam pois se consideram inúteis e incapazes de serem amados.
É por isso que Rogers acreditava na importância de dar aceitação incondicional a um cliente. Em suas sessões, ele sempre dava uma consideração positiva para seus pacientes, que se sentiam amados e significativos.
Desde então, o conceito de autoestima de Rogers passou a ser adotado pela psicologia. E ele o resumiu na seguinte frase: “Todo ser humano, sem exceção, pelo simples fato de ser, é digno de respeito incondicional de todos os demais; e merece estimar a si mesmo e ser estimado”.
Autoestima na infância e adolescência
As noções de autoestima também começam na infância e na adolescência. Isso porque este é o momento em que estamos mais abertos e suscetíveis a receber influências que vamos agregar à nossa personalidade.
Na adolescência a construção da identidade toma um papel central, o que é fundamental para o amadurecimento e ajustamento do eu.
É durante esse período que o ser humano busca sua verdade e experimenta várias identidades e papéis diferentes, que irão o preparar para as exigências da vida adulta.
Esse processo de aquisição de identidade é dividido em três fases:
- Período da puberdade: no qual o adolescente constrói seu novo modelo corporal
- Adolescência intermédia: onde se constrói o novo mundo interno, mudando as ideias e objetivos que ele tinha antes
- Adolescência final: onde se reforça o seu novo mundo social através das ideias e identidades adquiridas – e também reconhece que a percepção que os outros têm de você é diferente da sua.
É uma fase de muitas mudanças físicas, cognitivas, psicológicas e sociais. E todas essas mudanças são indutoras de estresse, o que pode gerar alterações na percepção que o adolescente tem de si próprio, afetando assim sua autoestima.
Sinais de autoestima alta
Por isso é importante estar atento aos sinais da autoestima.
Os seguintes comportamentos são indicativos de uma autoestima saudável:
- Confiança
- Capacidade de dizer não
- Visão otimista
- Capacidade de ver os pontos fortes e fracos e aceitá-los
- Experiências negativas não afetam a perspectiva geral
- Capacidade de expressar suas necessidades
Sinais de baixa autoestima
Já os comportamentos abaixo são indicativos de que a pessoa precisa trabalhar sua percepção própria para melhorar sua autoestima:
- Visão pessimista
- Falta de confiança
- Reclamações frequentes
- Incapacidade de expressar suas necessidades
- Foco em suas fraquezas
- Sentimentos de vergonha, depressão ou ansiedade
- Crença de que os outros são melhores
- Problema ao aceitar feedback positivo
- Medo de falhar
10 dicas práticas para aumentar a autoestima de forma rápida
Agora que você já sabe como a autoestima funciona e como identificar se ela está em alta ou em baixa, está na hora de aprender como levantar a sua moral rapidamente.
Em seu livro “Ten Days to Self-Esteem” (Dez dias para a Autoestima: um Plano de Ação), o autor David Burns traz dicas valiosas capazes de fazer uma reviravolta em sua vida da noite para o dia.
Veja as principais:
1. Crie um “inventário da autoestima”
Para entender como você está. Pode ser bem simples com dez forças e dez fraquezas suas. Isso vai ajudar a desenvolver uma noção real e honesta sobre si mesmo.
2. Defina expectativas reais
Busque objetivos possíveis de serem alcançados e não condicione nada à outras pessoas ou na expectativa de que alguém vai mudar seu comportamento.
3. Não seja um perfeccionista
Reconheça seus erros e também suas conquistas. Ninguém é perfeito e tentar ser só vai gerar frustração. Mantenha uma visão positiva enquanto você cresce com seus erros.
4. Explore seu eu e se conheça
Não subestime o poder do autoconhecimento e de estar em paz com quem você é, essa jornada é incrível!
5. Ajuste sua autoimagem
Todos nós crescemos e mudamos. Por isso, é importante estar em contato com todos os seus “eus” que irão surgir. Isso serve para definir e conquistar objetivos significativos.
6. Não se compare aos outros
A comparação é uma armadilha traiçoeira, principalmente na era das redes sociais. A única pessoa com quem você deve se comparar é com o seu eu de ontem.
7. Use afirmações positivas da forma correta
Em vez usar “eu vou ter muito sucesso!”, o que pode gerar frustração, empregue “eu vou me esforçar até que eu tenha muito sucesso!” que é factível.
8. Identifique suas qualidades e as desenvolva
Se você cozinha bem, convide seus amigos para jantar na sua casa. Se você corre bem, participe de maratonas. O segredo é criar oportunidades para as suas qualidades florescerem.
9. Aprenda a aceitar elogios
Se você sente desconfortável em receber um elogio, treine respostas simples como “obrigado” ou “que legal que você gostou”. Assim você se acostuma enquanto seu desejo de contestá-los vai embora.
10. Troque a autocrítica por autocompaixão
Sempre que vier aquela vontade de se criticar, pense no que você diria a um amigo na mesma situação. Tendemos a ser muito mais amorosos com amigos do que com nós mesmos. Busque se construir, não se destruir!
Conclusão
Fortalecer sua autoestima é como ir na academia. No começo, seus músculos irão reclamar e resistir. Com o passar dos tempos, os resultados te motivarão a elevar cada vez mais os seus limites!
Ou seja, uma autoestima saudável deve ser nutrida durante toda a vida. Foque no amor próprio, aprenda a conhecer quem você é e tenha confiança de que sua vida sempre vai melhorar!
Como disse o escritor irlandês Oscar Wilde: “Amar a si mesmo é o começo de um romance que dura a vida toda”.
Boa sorte!