O growth hacking deixou de ser um jargão do nicho da tecnologia para se tornar popular entre empreendedores de todos os segmentos.
Veja como o volume de buscar por growth hacking cresceu no Brasil nos últimos cinco anos.
Assim como tudo que se populariza, o growth hacking passou a alcançar mais pessoas. Que muitas vezes alimentadas pelo buzz em torno da palavra, podem ter criado uma ideia errada sobre como o processo se organiza.
Veja este resumo do livro “Growth Hacking Marketing”, do Ryan Holiday.
Para tirar qualquer dúvida, respondo cinco perguntas sobre growth hacking que qualquer um que esteja iniciando nesta jornada pode fazer:
1. “Growth Hacking = Marketing Digital”
Parcialmente verdadeiro
O marketing digital está contido no growth hacking, que vai além da aquisição da atenção do usuário ou cliente por meio dos canais digitais.
Basicamente e de forma simplificada, marketing digital concentra seus esforços na compra de cliques e na atração da atenção do usuário.
Já o growth hacking involve vinculo:
- direto com o produto ou MVP
- com a coleta e análise de dados
- com todas as etapas da funil de compra
- com testes de hipóteses em série e em vários canais
- criação de canais inexplorados combinando dados e engenharia.
Portanto, o marketing digital pode estar contido no growth hacking, mas são coisas distintas.
2. “Growth Hacking pode escalar qualquer negócio”
Falso
Para escalar, um negócio precisa ter market-fit. Ou seja, precisa resolver um problema de forma inovadora e entregar valor para o seu usuário.
Produtos com alto market-fit escalam de forma ultra-acelerada. Pois logo são ativados por seus usuários que transformam o seu uso em hábito.
Por isso que os hacks de produtos como Hotmail, Airbnb, Dropbox, Instagram, Uber etc. são tão famosos. Porque eles foram produtos realmente inovadores.
Ou seja, eles eram fogueiras prontas para queimar. O growth hacking foi o fósforo que incendiou o palheiro.
3. “O hacking do Dropbox e do Airbnb vai funcionar para mim”
Falso
Cada produto e negócio demanda uma estratégia diferente específica de aquisição. Ao mesmo tempo, os tempos mudam rápido e o comportamento do usuário também.
Uma técnica efetiva para definir um approach para o seu público-alvo é aplicar o princípio da empatia por meio de personas e design thinking.
Se colocando no lugar dos seus usuários ou clientes, você poderá enxergar qual a melhor maneira de posicionar a sua solução e quais canais podem estar reunindo uma comunidade ao redor.
4. “Preciso saber lidar com dados para fazer growth hacking”
Verdadeiro
Em tempos de Big Data, a análise de dados é um ativo valioso e um diferencial.
Obviamente que você não vai ser o Watson, o supercomputador da IBM.
Mas é preciso saber:
- destrinchar o Analytics
- elaborar queries em SQL
- inserir pixels em cabeças de códigos
- pivotar uma tabela no Excel
- criar dashboards automatizados a partir de relatórios
- extrair uma base de dados
- entender como funciona o processo de scrap de uma site etc.
5. “Growth Hacking é baseado em persistência”
Verdadeiro
Dificilmente você irá encontrar um hack capaz de alavancar seu negócio 300%.
Em vez disso, você terá de implantar dezenas de pequenos hacks que serão pequenas vitórias ao longo do processo.
Tenha essa palavra em mente: PROCESSO.
Conversão é processo.
E o seu trabalho é torná-lo o quanto possível mais suave e livre de lombadas.
E o mais importante: qualquer um pode se tornar um growth hacker. Basta persistência.