As fintechs no Brasil, startups dedicadas ao segmento financeiro, chegaram para varrer para o passado a ineficácia dos bancos.
Focadas em serviços como meios de pagamento, empréstimos, financiamento coletivo, investimentos, bitcoins, banco online etc., elas prometem democratizar o acesso a serviços antes ‘protegidos’ por barreiras burocráticas.
Apesar de esperar um pouco mais do que outros segmentos, a inovação no setor financeiro se tornou um fenômeno global. De acordo com um relatório produzido pela Venture Scanner, existem hoje cerca de 1.962 fintechs espalhadas por 57 países.
Divididas em 16 categorias como back-end para pagamentos, finanças pessoais, empréstimos, soluções para pequenos negócios etc., as startups financeiras já levantaram cerca de US$ 47 bilhões em investimentos.
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Fintechs no Brasil
Mas o que fazem as fintechs no Brasil tão interessantes e uma ameaça tão grande aos bancos?
Eu apontaria três fatores: eficiência, redução de custos e foco no sucesso do consumidor.
Apoiada nestes três pilares, cases de sucesso como o do Nubank podem abocanhar até US$ 4,7 trilhões em receitas dos bancos, segundo estimativa do Goldman Sachs.
Obviamente, este é um mercado em estágio inicial e, assim como a jornada de tartarugas recém-nascidas na areia da praia rumo à vida adulta, muitas delas vão ficar pelo caminho enquanto outras gerarão negócios milionários – como foi a compra do Moip em janeiro de 2016 por US$ 165 milhões.
Regulamentação das fintechs brasileiras
Em abril de 2018, o Governo regulamentou a atuação de duas modalidades de fintechs no Brasil: as Sociedades de Empréstimo entre Pessoas (SEP) e as Sociedades de Crédito Direto (SCD).
Segundo o diretor de Regulação do Banco Central, Octavio Ribeiro Damaso, a medida busca reduzir o gap no mercado de crédito bancário.
Com a regulamentação feita pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), empresas e pessoas poderão pegar dinheiro de startups com taxas de juros mais baixas do que as cobradas pelos bancos.
Ao mesmo tempo, também será possível emprestar para as fintechs com taxas mais atrativas do que as do mercado de renda fixa tradicional.
Diferenças entre fintechs
Conhecidas como empresas de operações peer-to-peer, as SEP atuam como intermediárias de operações em que pessoas aplicam dinheiro de um lado, e empresas ou outras pessoas físicas pegam empréstimos de outro. Aqui se encaixam fintechs como a Nexoos e a Biva.
Já no caso das SCD, todo o capital envolvido nas operações tem origem em recursos próprios. A SCD pode conceder empréstimos, financiamentos ou direitos creditórios por plataforma eletrônica. São como “Crefisas digitais”.
Outra vantagem da regulamentação é que agora as fintechs poderão realizar suas operações sem a necessidade de uma instituição financeira parceira.
Até então, fintechs funcionavam como um ponto comercial online enquanto uma outra instituição realizada o operacional financeiro.
Isso foi o que causou o congelamento das operações do banco digital Neon Pagamentos em maio de 2018 quando o Banco Central decretou a liquidação financeira do banco mineiro Neon.
Antes da parceria com o banco digital Neon, o banco mineiro se chamava Pottencial. Após a liquidação, o banco Neon procurou um outro parceiro para continuar operando.
Limite de empréstimo para as fintechs
Inicialmente, a CMN definiu um limite de R$ 15 mil para as operações de tomada de empréstimo. Entretanto, nada impede que a pessoa pegue dinheiro em mais de uma startup.
O Banco Central vinha trabalhando com a possibilidade de o limite ser de R$ 50 mil, mas optou por adotar um valor menor no início da regulação.
As medidas trazem segurança jurídica, flexibilidade nos modelos de negócios e conforto para investidores e usuários.Na prática, a decisão fortalece o mercado, uma vez que legitima a operação de fintechs como Nexoos, Biva, Creditas, Geru etc. e devem incentivar o surgimento de novas startups.
Como lucrar com as fintechs no Brasil
Ok, tudo isso é apresentação do cenário e o que te interessa mesmo é saber como você pode utilizar estes novos serviços para tornar sua vida financeira mais rentável a fim de gerar uma conta gorda no médio e longo prazo, correto?
Então vamos lá.
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Agora seguem dez formas para você equilibrar suas finanças, reduzir custos, impulsionar seus investimentos, captar valores e gerenciar pagamentos por meio das fintechs.
1. Organizando suas Finanças
Se você pretende ter sucesso em sua vida financeira, o primeiro passo é organizar suas contas, equilibrando receitas, custos e despesas, seja em sua vida pessoal ou de sua empresa, a fim de sobrar algum dinheiro para ser reinvestido.
Os serviços desta categoria vão desde apps para acompanhamento e gestão dos gastos pessoais até ERPs para pequenos negócios. Por se tratar do estágio inicial da organização financeira, este é o segmento com maior número de players.
Pessoa Física
minhaseconomias.com.br/
quantogastei.com/
mobills.com.br/
organizze.com.br/
contasonline.com.br
grana.me/
vaisobrar.com.br/
guiabolso.com.br/
Pessoa Jurídica
contabilone.com.br/
nibo.com.br/
contaazul.com.br
2. Migrando para bancos online
Eles chegam ao mercado apostando na transferência para o universo digital de todos os pontos de contato com o cliente, além de reduzir ou eliminar taxas.
Nubank.com.br
Banconeon.com.br
Original.com.br
3. Utilizando robôs investidores
Podemos dividir esta categoria em dois grupos: iniciantes e experts. Na primeira, estão produtos como a Magnetis e a Vérios, que elaboram uma carteira de investimentos, combinando renda fixa e ações nacionais e internacionais, baseado no nível de risco do cliente.
Estes produtos são uma das melhores alternativas para investidores que desejam ver seus investimentos crescerem de forma constante no médio e longo prazo com risco relativamente baixo. Também atuam como consultores autônomos por meio de um app que permite conferir a rentabilidade dos fundos multimercados disponíveis no mercado.
Já na segunda categoria estão robôs automáticos, como a SmarttBot, que permitem ao gestor programar comandos automáticos para a compra e venda de ativos, e a ToroRadar, que emite notificações para compra e venda de ações em curto prazo.
verios.com.br
magnetis.com.br
oiwarren.com
monetus.com.br
smarttbot.com/
tororadar.com.br
4. Emprestando para outros (peer-to-peer lending)
Este é um dos modelos mais interessantes para pequenos investidores interessados em aplicações que superem o CDI. A fintech coleta pequenos aportes de pequenos investidores e os repassa para empresas. Em troca, o investidor recebe uma taxa de juros pré-fixada. É o chamado “peer-to-peer lending”. O risco é o de inadimplência do tomador.
biva.com.br/
nexoos.com.br/
bancaclub.com
5. Otimizando a cotação de empréstimos
Você precisa de dinheiro para usar como capital de giro mas está sem tempo para bater na porta de todos os bancos com um envelope de documentos embaixo do braço em busca de cotações, correto?
É aqui que entram as plataformas de cotação para empréstimos.
O Brasil possui cerca de 250 instituições financeiras autorizadas a emprestar dinheiro, e os juros cobrados por ela podem variar até 2500%. Estas ferramentas evitam que você pague caro pelo dinheiro tomado.
intoo.com.br/
creditosamba.com.br/
6. Financiando o mercado imobiliário
Versão moderna das LCI (Letras de Crédito Imobiliário), estas startups oferecem a possibilidade para pequenos investidores investirem em projetos imobiliários com aportes a partir de R$ 10.000. As taxas de retorno prometidas ficam entre 13% e 30% ao ano.
7. Investindo em startups
O investimento-anjo ou em estágio inicial de uma startup oferece a oportunidade de se adquirir uma cota de determinada empresa por um valor relativamente baixo. Por outro lado, corre-se o risco da empresa não decolar ou atingir as metas traçadas.
Para fazer boas escolhas neste campo é preciso estar atento ao plano de negócios da startup, fit do produto ou serviço com o mercado, equipe, tração atingida, demonstrativo de resultados e capacidade de escalabilidade. Para empreendedores digitais, vale-se utilizar destes canais para realizar o caminho inverso.
startmeup.com.br/
eqseed.com/br
broota.com.br/
8. Seguindo gestoras de investimento
As gestoras de investimento têm desempenhado um papel fundamental na oferta de produtos rentáveis para pequenos investidores – bem diferente do gerente de banco tradicional que te oferece um CDB a 78% do CDI como uma ótima oportunidade.
Além de produtos de renda fixa, tesouro direto, fundos etc., algumas gestoras têm apostado na educação dos consumidores por meio de conteúdo para geração de novos clientes. Vale a pena ficar atento.
xpi.com.br
easynvest.com.br
rico.com.vc
www.orama.com.br
www.livecapital.com.br
9. Comparando investimentos
Procurar as melhores aplicações disponíveis nas diferentes corretoras é um trabalho chato que demanda tempo. Plataformas como o Yubb comparam os resultados de diferentes classes de ativos, como CDBs, tesouro direto, letras de câmbio, debentures, robôs investidores e fundos de investimento para te entregar as melhores opções.
10. Investindo em criptomoedas
O dinheiro digital gerado a partir da capacidade de processamento de computadores (prática chamada mineração) é um dos investimento mais voláteis do mercado. Em agosto de 2008, o valor da unidade estava em US$ 98; em novembro, durante seu boom de popularidade, saltou para US$ 1080. Hoje, se encontra na casa dos US$ 4000.
Obviamente, com tamanha volatilidade, investir em bitcoins demanda coragem e capacidade financeira. Mas podem gerar excelentes oportunidades de retorno.
bitinvest.com.br/
mercadobitcoin.com.br/
foxbit.com.br/
paguecombitcoin.com/
bitcointoyou.com/
coinbase.com
E aí, você acredita que o casamento entre dinheiro e tecnologia pode melhorar a sua vida financeira? Ou vai continuar pegando filas em agências do Bradesco? 🙂
Comece agora a mudar a sua vida financeira com a ajuda tecnologia. Pois se tratando de planejamento financeiro, mais vale chegar atrasado do que nunca chegar. 😉